18/11/2014

Lançamento da segunda edição do livro "Dialética Radical do Brasil Negro" de Clóvis Moura

Lançamento da segunda edição do livro "Dialética Radical do Brasil Negro" de Clóvis Moura

Data: 25 de novembro (terça)
Horário: 19 horas
Local: Funarte (Alameda Nothmann, 1058 - próximo ao metrô Santa Cecília). 
Expositores: Dennis de Oliveira (professor da USP e membro do NEINB),  Silvio Almeida (professor Mackenzie e pres. Instituto Luiz Gama), Gevanilda Gomes do Santos (doutora da PUC-SP e membro da Soweto), Márcio Farias (Nepafro). Coordenação e comentários: Augusto Buonicore (Fundação Maurício Grabois) e Rosa Anacleto (presidenta da Unegro-SP)
Promoção: Fundação Maurício Grabois, Núcleo de estudos Interdisciplinares sobre o negro brasileiro da USP (NEINB-USP), UNEGRO-SP, Quilombação, Instituto Luiz Gama, Circulo Palmarino, Coordenação Nacional das Entidades Negras,  Dikamba editorial, Editora Anita Garibaldi.    
Comentários sobre a obra
Dialética Radical do Brasil Negro estava fora de catálogo há muitos anos e vinha se tornando uma verdadeira raridade bibliográfica. Fato que, sem dúvida, acarretou grandes prejuízos àqueles que desejavam ter contato com essa interpretação radical e original da formação social brasileira. Por isso, resolvemos unir esforços visando a republicá-la, contribuindo para maior difusão do pensamento de Clóvis Moura.
O autor não foi apenas um estudioso das questões do negro brasileiro, mas também um comunista e ativo militante das causas sociais. Tornou-se um colaborador do Movimento Negro Unificado (MNU) e da União de Negros Pela Igualdade (UNEGRO), da qual se transformou num dos principais ideólogos.
O livro traz importantes contribuições ao debate sobre os modos de produção predominantes nos primeiros séculos da nossa história. Moura definiu-o com escravista, pois não havíamos tido naquele período a predominância de relações de tipo feudal ou capitalista. Foi essa constatação original que nos permitiu compreender mais e melhor a dinâmica da luta de classes e o papel desempenhado pelos negros escravizados. Estes puderam aparecer com um novo estatuto na historiografia brasileira. Deixaram de ser vistos como elementos passivos e passaram a ser considerados agentes importantes no processo de transformação da sociedade.
Segundo o professor Dennis de Oliveira: “a concepção moureana tem impactos significativos na discussão das relações raciais Brasil. Ela entendeu o racismo não como resquícios de uma sociedade arcaica que poderiam ser enfrentados à medida que a modernização capitalista fosse avançando, mas como elemento central que está na gênese do próprio capitalismo brasileiro”.  Sua “perspectiva de colocar a opressão racial dentro da lógica do sistema capitalista brasileiro aponta para a necessidade de se articular a luta contra o racismo com a luta contra o capital. Em outras palavras, luta anti-racista e luta de classes se imbricam e se articulam mutuamente”.

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